quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Parece uma família de italianos. rsrsrsrs

Tenho uma amiga chamada Kátia, que também tem um blog. Neste blog ela escreve "Uma casa portuguesa com certeza". Se eu fosse escrever algo assim, seria "uma casa de italianos com toda certeza".
Os italianos tem fama de falar com as mãos e braços, são extremamente barulhentos, mas também são unicamente unidos aos seus.
Na minha casa é assim: não conversamos, berramos; não rimos, damos gargalhadas. Quando estamos conversando, parece que estamos brigando. Basta mexer com um de nós, que nos unimos no mesmo instante para resolvermos. E olha que a família Azevedo não é pequena não.
O Léo estranha demais esse nosso jeito, pois ele gosta de silêncio e é o que menos tem na minha casa.
Fico pensando como vai ser quando estiver na minha casa, com aquele silêncio pairando sobre nós. Acho que vou ter que dar uma ligada para mamy, Jú, Flávio e todos os outros me visitarem.
Hoje vivemos um momento de casa praticamente vazia. Moramos só nós 4. Mas vivemos por muitos anos com 8. Isso quando os agregados(namorados, namorada), não se encostavam por lá também no final de semana. No almoço de domingo havia revezamento na mesa, porque não dava todo mundo junto. Mas era muito bom. Passou, só nos resta agora a saudade de ter vivido esses momentos que foram bons demais. Vamos entrar numa nova fase: bebezinho novo. Vovó Ana nunca fica sozinha, tem sempre uma criança por perto, precisando dos cuidados dela.
Agora que está próximo da minha partida com a Duda me dá um pouco de nostalgia. Portanto fico tranquila sabendo que mamy vai estar muito ocupada cuidando de João Miguel. Imagina uma casa repleta de gente e de repente fica com 2 pessoas só e o pior de tudo: uma casa daquele tamanho.
Mas eles que não pensem que vão se livrar de nós, ali será sempre nosso porto seguro, nosso point, lugar de festas e encontros.
Ai, já fico com saudade da casa sem nem ter saído de lá.

Um comentário:

  1. É assim mesmo, mas depois você vê que nossa vida é isso, são fases boas que saem para outras melhores entrarem, cada uma com seu devido valor, gosto, cheiro etc.... Tem um texto que gosto muito e inclusive tem muito haver comigo.
    "Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”.
    Amyr Klink

    ResponderExcluir