quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Coisas de mãe

Desde segunda-feira estou com um apertão no meu coração. Bobagem, coisa de mãe. Mas como tem me deixado angustiada.

A Maria Eduarda trocou de escola. Saiu de uma realidade que ela dominava muito bem, com todos à chamando pelo nome, ou mesmo, de uma forma bem carinhosa de Dudinha. A tia Jú foi sua última professora e de uma certa forma acredito que ela se sentia protegida.

Hoje ela está numa escola em que ela é mais uma aluna, a professora está conhecendo ela da mesma maneira que à todos os outros alunos. Sem contar que a escola é enorme e dá mesmo para se perder lá dentro.

Minha bichinha tá muuuito assustada com a nova situação, e eu fico é claro, logo com falta de ar. Sentir ela tão nervosa me deixa muito incomodada.

Sei que tudo vai se arrumar nos seus devidos lugares, é só uma questão de tempo. Mas até chegar esse dia, vamos sofrendo juntas.

O stress já começa para acordar. Ela nunca estudou pela manhã, logo não está acostumada a acordar tão cedo. Sem contar que precisa tomar banho e lavar os cabelos. Coisas que nessa idade eles não apreciam muito. Para completar, ainda me aparece uma dor de ouvido. Aí é que o drama aumenta mais ainda. É um chororô só.

E eu mãe boboca que sou, fico aqui apreensiva, angustiada, louca para chegar a hora dela vir para casa.

Espero que hoje ela chegue mais animadinha.

É engraçado como sofremos as dores dos nossos filhos, por menores que elas sejam. Sou mesmo uma onça protetora, mas também sei que ela precisa crescer e caminhar com os próprios passos. Não vou estar ao seu lado a vida inteira. Espero que eu fiquei ainda por muito tempo, mas isso ninguém sabe né. Então entendo que precisamos preparar nossos filhos para mundo. E acredito que começa assim, fazendo-os encarar os desafios desde já. Hoje é uma nova escola, com novos amigos, novos professores, novo transporte, etc

Amanhã será um novo emprego, amigos que não são tão amigos assim, desafios cada vez maiores, amores que vem e vão. Ai meu Deus quanta coisa a Duda ainda tem para viver. E quero mesmo que ela viva cada etapa desse processo de amadurecimento, que às vezes é forçado, precoce, mas necessário para que ela se torne um adulto maduro, com responsabilidade e sem medo da vida, sem medo de arriscar.

Como faz bem às vezes arriscar!!! Perdemos a oportunidade de viver muitas coisas por medo. Medo de ser criticada, de dar errado, de sofrer, de perder o que já foi conquistado, e que nem sempre é muita coisa, mas tem gente que prefere o pouco que arriscar ter o muito.

Quero criá-la para ousar!!! Vou estar ao seu lado para apoiá-la nas decisões que tomar. É lógico que o meu papel como mãe é mostrar algumas opções que ela pode seguir, mas se mesmo assim ela não quiser, quero ter a inteligência emocional de aceitar as suas decisões contrarias as minhas.

Afinal de contas, o filho cresce e com ele suas asas também. E na maioria das vezes ele quer voar alto, sozinho, seguindo seu próprio caminho.

Ai meu Deus como é difícil dizer isso, imagina viver.

Beijos e até.

À espera de dias melhores.

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