quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Pai??? Mãe???

 É engraçado como todo e qualquer ser que "fabrica" um filho tem o direito de receber esse título. Ontem, conversando com minha cunhada Nane e chegando em casa, minha mãe falou no mesmo assunto, resolvi assistir ao vídeo da entrevista que a Ana Maria fez no Mais Você à uma mãe que denunciou o marido e pai do seu filho de apenas 2 meses por tortura de incapaz. O vídeo que ela conseguiu fazer é revoltante e chocante, já que foi o próprio pai que praticou a agressão. A Ana Maria relembrou vários casos de agressões e até casos que levaram à morte. Em todos eles, os agressores eram os pais, com exceção dos casos de creches.
Fico me perguntando o que pode levar uma pessoa a agredir um bebê de 2 meses daquele jeito, enfiando os dedos dentro da sua garganta. Não sei se teria a frieza que aquela mãe teve de ter a atitude correta e denunciá-lo para que ele fosse preso. Acho que eu estragaria tudo, mas iria pra cima dele com toda minha fúria.
Hoje vivo uma função que sempre foi extremamente mal vista, a de MADRASTA. As madrastas da vida real sempre são comparadas com as dos contos de fadas. Uma pessoa má, incapaz de amar uma criança(ou adolescente que seja), que está  ali somente para maltratar os filhos de outras mães e para se vingar delas. Mas o mais interessante de tudo isso que a tv vem nos mostrando e, que já deve acontecer a muito tempo só não estava tão evidente na mídia, que os maiores agressores são os próprios pais ou pessoas ligadas a família, como os avós ou pais adotivos.
Me parece que as madrastas não estão mais sendo o alvo das acusações de maus tratos. O que acontece muitas vezes é que a família materna não aceita que a madrasta possa ser boa(ou até melhor que a própria mãe) a ponto de ter uma excelente relação com seus enteados. Não podemos esquecer que maus tratos, não se restringe a castigos físicos, pois as torturas psicológicas marcam muito mais que as surras. São marcas que ficam na alma, no caráter e na personalidade da criança e isso demora muito tempo para ser apagada, isto é, quando se consegue apagar.
Como não sou casada com o pai da Duda, sempre oriento a ela, para ser obediente e simpática com a namorada do pai, pois não podemos julgar se a pessoa é boa ou má só de olhar para cara dela. E tentando manter uma relação saudável e de respeito, acredito que minha filha é quem vai lucrar muito com isso tudo.
Como sou madrasta também sou suspeita de falar sobre o assunto, mas sem medo algum digo que sou uma boadrasta, se é que existe essa palavra mesmo. Se não fosse assim, minha relação com os meninos não seria tão saudável, alegre e acima de tudo de respeito por mim.
Para as que ainda duvidam de que temos um papel fundamental na formação de nossos enteados deveriam ler o livro  100% MADRASTA.
Beijos a todos e principalmente para minha filha e meus queridos enteados.

2 comentários:

  1. Fabricia, conheço váárias madrastas suuper legais e que aceitaram os filhos com o maior amor também e que sinceramente acho uma atitude INTELIGENTISSIMA...afinal como alguém pode distratar um amor do seu amor, e assim com certeza a admiração do pai só faz aumentar e agradecer por ter escolhido realmente a pessoa certa para ser feliz de verdade, filho nunca vai tomar o lugar de quem quer que seja. Parabéns pela atitude.
    Beijos

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  2. 100% Madrasta: Quebrando as barreiras do preconceito
    Roberta Palermo

    Em 100% Madrasta, a autora Roberta Palermo destaca o papel da madrasta na constituição da nova família. Para Palermo, o conceito de vilã, finalmente dá lugar à mulher que se preocupa com o bem-estar de seus familiares.

    O número de divórcios registrados no país sofreu um aumento de mais de 50% na última década, segundo dados do IBGE. Em conseqüência disso, cresceu também a quantidade de lares chefiados exclusivamente por mulheres e é cada vez mais comum a constituição de novas famílias compostas por casais dispostos a optar pelo segundo casamento - que pode incluir os filhos gerados no primeiro.

    É diante deste cenário que a figura da madrasta vem ganhando espaço nos lares. Ao analisar a influência desta figura, a partir de experiências profissionais e pessoais como enteada e, mais tarde, como madrasta, a terapeuta familiar Roberta Palermo mostra o avanço do papel dessas mulheres que hoje, mais do que companheiras, exercem a função de parceiras na educação das crianças.

    Dividido em nove capítulos, o livro reúne várias experiências focadas no cotidiano da família e demais envolvidos. Trata também, de forma clara e objetiva, de temas delicados que contam com personagens reais como a ex-mulher, os filhos do primeiro casamento e os futuros, os familiares de primeiro e segundo grau. Palermo mostra que rupturas e novos relacionamentos provocam as mais diversas sensações em todos: angústias, dificuldades e, ao mesmo tempo, a perspectiva de novos horizontes.

    Mais: a obra traz orientações sobre como facilitar a convivência entre todos e administrar "saias-justas". Soluções, quando o assunto é o lado financeiro ou para situações em que as questões são bem mais simples, como conduzir as tarefas em casa, preparar o cardápio, chamar a atenção dos pimpolhos.

    Roberta lembra que alcançar a harmonia entre parentes, amigos e a nova família nem sempre é tarefa das mais fáceis. Entretanto, destaca o diálogo como uma ferramenta a favor de todos: pais, mães, madrastas, filhos e enteados. Segundo a autora, conversar é a forma mais adequada para resolver problemas. A terapeuta sugere ainda, ao longo da obra, atitudes que previnem futuros atritos como, por exemplo, evitar conversar sobre a distribuição de dinheiro dentro da nova casa com as crianças.

    Mais do que orientar as "candidatas a madrastas" sobre como lidar com um panorama totalmente novo, o livro propõe a desmistificação da figura da madrasta - transformar o velho rótulo de vilã em um conceito mais adequado ao século 21, onde a madrasta pós-moderna conquista, a cada dia, maior espaço no coração das crianças e assume, muitas vezes, um papel de grande importância: passa a se preocupar com educação, alimentação, com o lazer da criança, com seus sentimentos e procura, acima de tudo, ser aceita como parte da família. Trata-se daquela com quem se pode contar e em quem se pode confiar

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