terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Ser mãe!!!



 Esse texto não é meu, recebi por e-mail da minha cunhada, mas achei lindo demais e decidi compartilhar aqui com vocês, esse sentimento louco que é a maternidade. Um sentimento que não termina NUNCA mais. Bem, na verdade, ou você nasce com ele, ou nunca vai tê-lo. Esse sentimento não é ensinado, não é adquirido, ele é instintivo.
Tudo que está escrito abaixo me descreve perfeitamente. Sou exatamente desse jeito. Realmente uma fera quando mexem com minha cria e quando não mexem também.

“Mãe é aquele ser estranho, louco, capaz de heroísmos, dramas e
breguices com a mesma fúria.
Mãe faz escândalo, tira satisfação com professor, berra em público, dá
vexame, deixa a gente sem graça, compra briga; é espaçosa, barulhenta,
tendenciosa, leoa, tiete, dona da gente. Mãe desperta extremos, ganas,
irrita, enlouquece, mas... é mãe.
Mãe faz promessa, prestação, hora extra pra que a gente tenha o que é
preciso e o que sonha.
Paga mico: escreve carta para Papai Noel, se faz passar por fadinha do
dente, coelho da páscoa, cuca. Pede autógrafo para artistas
deploráveis, assiste a programas, peças, shows horríveis, revê
milhares d e vezes os mesmos desenhos animados, conta as mesmas
histórias centenas de vezes, vai pra Disney e A D O R A!
Mãe surta, passa dos limites, às vezes até bate, diz coisas duras; mãe
pede desculpas, mortificada...
Mãe é um bicho doido, louco pela cria.
Mãe é visceral!
Mãe chora em apresentação de balé, em competição de natação, quando o
filho namora pela 1a. vez, quando dá o primeiro beijo, quando vê o
filho apaixonado no casamento, no parto...
Xinga todo e cada desgraçado que faz o filho sofrer, enlouquece
esperando ele chegar da balada, arranca os cabelos diante da morte...
Mãe é uma espécie esquisita que se alterna entre fada e bruxa com uma
naturalidade espantosa. É competente no item culpa e insuperável no
item ternura, mas pode ser virulenta, tem um lado B às vezes C, D,
E...
Mãe é melosa, excessiva, obsessiva, repulsiva, comovente, histérica,
mas não se é feliz sem uma.
Mãe é contrato: irrevogável, vitalício, intransferível!
Mãe lê pensamento, tem premonição, sonhos estranhos. Conhece cara de
choro, de gripe, de medo; entra sem bater, liga de madrugada, pede
favor chato, palpita e implica com amigos, namorados, escolhas.
Mãe dá a roupa do corpo, tempo, dinheiro, conselho, cuidado, proteção.
Mãe dá um jeito, dá nó, dá bronca, dá força.
Mãe cura cólica, tristeza, pânico noturno, medos. Espanta
monstros, pesadelos, bactérias, mosquitos, perigos.
Mãe tem intuição . Mãe guarda tesouros, conta
histórias e tece lembranças.
Mãe é arquivo!
Mãe exagera, exaure, extrapola. Rumina o passado, remói dores, dá o
troco, adora uma cobrança e um perdão lacrimoso.
Mãe abriga, afaga, alisa, lambe, conhece as batidas do nosso coração,
o toque dos nossos dedos, as cores do nosso olhar e ouve música quando
a gente ri.
Mãe tem coração de mãe!
Mãe é pedra no caminho, é rumo; é pedra no sapato, é rocha; é drama
mexicano, tragédia grega e comédia italiana; é o maior dos clássicos;
é colo, cadeira de balanço e divã de terapeuta...
Mãe é madona-mia! É deus-me-acuda; é graças-a-deus; é mãezinha-do-céu
e é a mãe é minha e-eu-mato – quando-quiser; é a que padece no paraíso
enquanto nos inferniza...
Mãe é absurda e inexoravelmente para sempre e é uma só: não há
Mistério maior! Só cabe uma mãe na vida de uma filha (o)... e olhe lá!
Às vezes, nem cabe inteira.
Mãe é imensurável!
Mãe é saudade instalada desde o instante em que descobrimos a morte.
Mãe é eterna, não morre jamais. Bicho estranho, entranha, milagre,
façanha, matriz, alma, carne viva, laço de sangue, flor da pele.
Mãe é mãe, e faz cada coisa..."
(Texto de Hilda Lucas)

Beijos e até...

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