sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Procurando o caminho


         Para os leitores de sempre, não é nenhuma novidade que sempre escrevo sobre as peripécias da Duda. Ela tem andado cada dia mais atrevida. E lá vem mais uma...
          Hoje quando sai da escola e fui buscá-la na casa da minha mãe, encontrei uma criança banhada em lágrimas e com um texto super dramático, inocente e vitimizado. Algo do tipo Meu Mundo Caiu.
         Segundo seu relato sofrido, o avô tinha "batido" nela. Só que, antes de entrar em casa, meu pai, o tal avô, já veio me contar o que tinha acontecido. E eu que bem conheço meu povo, já imaginei a cena.
        Meu pai não era de bater nem na gente quando éramos crianças. Me lembro de ter apanhado do meu pai, acho que no máximo, umas 3 vezes, exagerando.
         Então para ele "bater" na Duda, imagino o que essa criaturinha não fez. Eu mesma já presenciei ela por várias vezes  falando com o avô de igual para igual. Tudo bem que o adulto dessa história é o meu pai e ele deveria se impor como tal. Mas não podemos esquecer que ele é AVÔ e aí tudo se torna permitido e ai de quem entrar nesse meio para se meter,  até que...

       Enfim, para resumir a história, ele mandou ela calar a boca, nem sei porque, e ela é claro, abusada que só, disse que ele deveria falar baixo com ela. Mas isso ela  fez aos berros. Na verdade ela não queria que gritassem com ela, mas ela se achou no direito de gritar com ele. Resultado: 1 único e mísero tapa no bumbum, que na verdade é um bumbunzão(nem sei se essa palavra existe e se escrevi corretamente) e aguenta muito mais que um tapinha.

           Para ela o mundo acabou quando levou aquele tapinha. Ela não está acostumada a apanhar e muito menos apanhar do avô que tanto a protege e defende suas faltas de educação, sempre culpando alguém pelas atitudes dela. Hoje foi o dia da revolta dele.

         Eu realmente sou uma mãe que não acredito que tapas, surras, castigos físicos ou que qualquer coisa desse tipo educam uma criança, mas vamos concordar que em algumas situações não dá para segurar. Hoje para meu pai, que de tão bobo chega  a ser considerado por todos nós um vô "trouxa", foi o dia do seu limite.
        Mas é claro que logo depois se arrependeu e tentou uma reconciliação, mas ela geniosa que só, não deu confiança para ele.

        Eu tenho tentado encontrar um caminho para reduzir esse jeito que não a ajudam em nada. Confesso que ainda não encontrei. Parece que ela tem um instinto de dominação.Quer sempre dar a última palavra. Quer tomar conta até dos meus horários na escola. Hoje quando cheguei, mas tarde do que o habitual, ela que já estava pra lá de azeda, logo disparou: "...e você que está chegando muito depois do seu horário. Só pensa em trabalhar. Prefere ficar no trabalho que com a sua família". E ontem, quando esteve na escola comigo quis ir cobrar do Diretor Geral, porque que todo mundo tem folga na escola, menos eu.

      Enfim, preciso encontrar com URGÊNCIA um caminho para amansar essa onça que mora dentro dela.

      Ela é uma onça mesmo mas ao mesmo tempo é extremamente carinhosa comigo, dizendo que me ama o tempo todo, que quer ser como eu quando crescer, etc... essas coisas que filhos falam para os pais quando se orgulham dele. Mas a menina não é mole não. Enquanto isso vou tomando uma aulas de domar feras.

Preciso levar isso tudo com bom humor, senão eu piro!!!

Beijos e até


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